• Endereço: Rua Treze de Maio, 12-16, Centro, Bauru, SP

Monthly Archives: outubro 2021

Simples é mantido no novo relatório da reforma tributária

Regimes especiais como o Simples Nacional e a Zona Franca de Manaus (ZFM), considerados sagrados do sistema tributário brasileiro, foram mantidos no relatório da PEC 110, que trata da reforma tributária sobre o consumo, apresentado ontem pelo senador Roberto Rocha (PSDB-MA), relator da matéria.

Conforme adiantado pelo Diário do Comércio (Iva Dual pode ser caminho para a reforma), o substitutivo propõe a criação de um modelo dual de Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Dessa forma, haverá um imposto sobre operações com bens e prestação de serviços (IBS), cuja competência será compartilhada pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios, e uma contribuição sobre a mesma base (CBS), de competência da União. O IBS será formado pela fusão do ICMS com o ISS, e a contribuição decorrerá da fusão da Cofins, Cofins-importação e PIS

O texto apresentado propõe a preservação do regime diferenciado para micro e pequenas empresas, o Simples, e da ZFM tanto no âmbito do IBS como no da CBS. E deixa o caminho aberto para a criação de outros sistemas favorecidos por meio de Lei Complementar. No relatório apresentado, não há qualquer menção ao regime do MEI.

Uma inovação do substitutivo é a previsão para a devolução dos impostos sobre o consumo para as famílias de baixa renda, a ser regulamentada por Lei Complementar. De acordo com o relatório, a isenção de tributos sobre itens da cesta básica como acorre atualmente não é a forma mais eficiente de se fazer política distributiva.

O texto cita a existência do CadÚnico no Brasil, que permite identificar com facilidade as famílias de baixa renda que teriam direito à devolução dos valores desembolsados.

PRIMEIRO PASSO

De acordo com o senador Roberto Rocha, a aprovação da PEC 110 abre caminho para várias alterações legislativas necessárias para uma ampla reforma no sistema tributário atual e cria a base constitucional para a aprovação do IBS, por meio de lei complementar, da CBS e um de um imposto seletivo, por meio de lei ordinária.

O PACOTE TRIBUTÁRIO

Além da PEC 110, considerada pelo relator o primeiro capítulo da reformulação do modelo tributário, integram o “combo” da reforma tributária em discussão no Congresso Nacional mudanças no Imposto de Renda das Pessoas Físicas e Jurídicas, cuja proposta foi aprovada pela Câmara em setembro e precisa ainda passar pelo crivo no Senado, e o novo Refis, programa de regularização tributária, aprovado no Senado.

Na opinião do senador, é preciso sincronizar o andamento de todas as propostas para que não fiquem paradas nas gavetas da Câmara e do Senado.

“Após mais de dois anos de amplo diálogo e amadurecimento, espero que o Congresso Nacional aprove a PEC 110 na forma do substitutivo. O caminho é longo, mas o passo mais crucial já foi dado”, afirmou o parlamentar no relatório.

O IVA DUAL

Base ampla sobre todas as operações com bens e serviços, alíquota única, não cumulatividade plena e princípio do destino são as principais premissas de um IVA, modelo adotado por mais de 170 países. O chamado IVA Dual atualmente é usado no Canadá desde 1991, após 15 anos de negociações com as províncias do País, e na Índia, desde 2017.

A adoção de dois IVAs no Brasil tem o aval do Ministério da Economia, que já havia proposto em julho de 2020 a criação da Contribuição sobre Bens e Consumo (CBS), um tributo federal único, reunindo Pis e Cofins. A proposta, entretanto, estava parada na Câmara dos Deputados.

De acordo com o relator, a dualidade dos impostos tem por objetivo dar autonomia a estados e municípios na gestão de sua arrecadação tributária, evitando os históricos conflitos de competência.

O IBS incidirá sobre todas as operações com bens e serviços e, para pôr fim à guerra fiscal entre os Estados, será aplicado no local de destino da operação. A alíquota será uniforme e existe possibilidade de exceções, mas devem ser previstas em Lei Complementar.

Pelo relatório, as alíquotas dos impostos serão fixadas de forma a manter a arrecadação atual dos tributos pelo período de dois anos. Será adotado também o regime não cumulativo, que permite a dedução do imposto pago ao longo da etapa de produção por meio de créditos.

O IMPOSTO SELETIVO

O relatório também prevê a criação de um Imposto Seletivo (IS), em substituição ao atual Imposto sobre Produtos Importados (IPI), com finalidade extrafiscal e incidência sobre itens como cigarros e bebidas alcoólicas ou outros produtos que venham a ser prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. Esse imposto seria criado por Lei Complementar.

O IS será de competência da União e sua arrecadação será partilhada com estados, Distrito Federal e municípios, seguindo os mesmos critérios atualmente previstos para a partilha da arrecadação do IPI. Suas alíquotas serão definidas em lei ordinária, mas poderão ser alteradas pelo Poder Executivo.

Fonte: Diário do Comércio

Número de brasileiros que querem ter um negócio próprio atinge maior patamar

Dados levantados pela maior pesquisa sobre empreendedorismo no mundo revelam que a taxa de empreendedorismo potencial no Brasil teve um crescimento de 75%, passando de 30% (em 2019), para 53% (em 2020). Os números fazem parte da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada com apoio do Sebrae, em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ). O percentual representa 50 milhões de brasileiros que ainda não empreendem e que querem abrir um negócio nos próximos três anos. Desse total, 1/3 teria sido motivado pela pandemia da Covid-19. Pela primeira vez, a pesquisa GEM também identificou que ter uma empresa é o segundo maior sonho do brasileiro.

Os números inéditos foram divulgados nesta terça-feira (5), no Dia Nacional das Micro e Pequenas Empresas (MPE), pelo presidente do Sebrae, Carlos Melles, durante coletiva virtual com a imprensa. Durante o bate-papo com os jornalistas, ele fez um balanço dos principais dados apresentados no relatório da GEM e traçou um panorama do empreendedorismo brasileiro. “Os dados demonstram que o brasileiro tem o DNA empreendedor e um espírito de liberdade, criatividade e independência. Por isso, o Sebrae tem atuado para que os potenciais empreendedores e os donos de pequenos negócios tenham acesso ao conhecimento e orientação adequada, com metodologia, para que consigam empreender com sucesso. Nosso papel é ser o meio, um agente de desenvolvimento para esses brasileiros”, considerou.

A pesquisa GEM 2020 também mostrou que a taxa de formalização cresceu 69%, entre 2019 e 2020. O total de empreendedores com CNPJ, entrevistados na pesquisa, passou de 26% para 44%, o maior crescimento dos últimos quatro anos. Em 2017, 15% dos empreendedores eram formalizados e, em 2018, 23%. O presidente do Sebrae avaliou os benefícios da formalização para o desenvolvimento do país, com a geração de emprego e renda. “As micro e pequenas empresas continuam sendo o esteio da geração de emprego no país e os números do Caged confirma isso. No segundo semestre de 2019, os índices de formalização e empregos eram crescentes, mas veio a pandemia que complicou a situação. Agora, já começamos a enxergar um movimento consistente de retomada”, declarou.

Sobre a expectativa da retomada econômica, Melles aproveitou a oportunidade para destacar o compromisso do Sebrae na busca de soluções para que os donos de pequenos negócios recuperem as perdas da pandemia da Covid-19. Ele acredita que com o avanço do calendário da vacinação há condições para que os setores mais prejudicados, como o de serviços, consigam retomar plenamente as atividades. “Estamos em ritmo de retomada que diminuiu por causa dos impactos da inflação, mas que não parou. Tudo indica que temos um cenário favorável”, observou.

Durante a coletiva virtual, o presidente do Sebrae também destacou a atuação do Sebrae na melhoria do ambiente de negócios no país, com iniciativas como o Programa Cidade Empreendedora e ações para estimular o desenvolvimento territorial, promover a educação empreendedora, a transformação digital e a inovação dos pequenos negócios, bem como ampliar o acesso a crédito pelas MPE.

Feira do Empreendedor 2021

Os jornalistas presentes ao encontro também foram convidados para acompanhar a Feira do Empreendedor 2021, que acontece entre os dias 23 e 27 de outubro, de forma virtual e gratuita para todo o país. Com expectativa de atrair mais de 100 mil inscritos, o evento será realizado na plataforma Sebrae Experience com uma ampla programação de atividades para quem quer empreender ou já é dono do seu próprio negócio. Além de palestras com especialistas e convidados especiais, o ambiente vai promover rodadas de negócios nacionais e internacionais, networking e oportunidades para os empresários em uma grande vitrine virtual.

Fonte: Administradores

PIX é utilizado por 77% dos pequenos negócios

Pesquisa realizada pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), constatou que 77% dos pequenos negócios já utilizam o Pix como meio de pagamento.

Além disso, os dados mostram que as empresas que adotaram essa ferramenta tiveram uma queda menor de faturamento (33% de perdas) durante a pandemia na comparação com os negócios que ainda não aderiram ao novo sistema, que registraram queda de 44%.

Segundo a pesquisa, a região Norte é a que tem a maior quantidade de micro e pequenas empresas que usam o Pix (83%), seguida pela Centro-Oeste (82%), Nordeste (81%), Sul (78%) e Sudeste (74%).

DESTAQUE PARA OS PET SHOPS

As empresas do Comércio são as que mais utilizam o sistema de pagamento (86% aderiram), seguidas pelos negócios da Indústria (73%), Serviços (72%), Agropecuária (69%) e Construção Civil (65%).

Já quando se analisa as atividades, a que mais utiliza o Pix é a de pet shops e serviços veterinários, uma das menos atingidas pela pandemia. Segundo o levantamento, 93% dos negócios desse segmento adotaram essa modalidade.

Entre os empreendedores dos serviços de saúde e os de alimentação, 88% utilizam o Pix, seguidos pelos de beleza (87%) e academias (86%), sendo que esses três últimos estão entre os mais afetados pela crise.

POR QUE UTILIZAM?

Entre as motivações para essa alta adesão estão a facilitação e velocidade das transações, as isenções de taxas para consumidores, a disponibilidade 24 horas, além da conveniência para pagamento, seja por QR Code ou Chave Pix.

O Banco Central calcula que mais de 106 milhões de pessoas, incluindo os empreendedores individuais (MEI) e empresas, estejam utilizando a tecnologia do Pix, totalizando 313,3 milhões de chaves Pix cadastradas nas mais de 750 instituições habilitadas para ofertar o serviço, entre elas bancos tradicionais, fintechs, instituições de pagamento e cooperativas de crédito.

Até 31 de agosto foram realizadas 973,8 milhões de transações, que movimentaram R$ 532,8 milhões.

Fonte: Diário do Comércio

Não há Incidência de INSS Patronal sobre o Salário-Maternidade

É inconstitucional a incidência da contribuição previdenciária patronal sobre o salário-maternidade, inclusive a sua respectiva contribuição adicional, bem como aquela destinada a terceiros cuja base de cálculo seja, exclusivamente, a folha de salários.

A Receita Federal publicou a Solução de Consulta n° 127/2021 divulgando este entendimento que foi firmado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário nº 576.967/PR, com repercussão geral reconhecida (Tema nº 72), sem modulação de efeitos, e em razão do disposto nos arts. 19, VI, § 9º, e 19-A, III, § 1º, da Lei nº 10.522, de 2002, na Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 1, de 2014, e nos Pareceres SEI nº 18361/2020/ME e nº 19424/2020/ME.

Restituição e compensação dos valores pagos indevidamente

O acolhimento da aludida tese permite o reconhecimento administrativo do direito à restituição e compensação dos valores efetivamente pagos, que deverá ser solicitado pelo contribuinte através da PER/DCOMP – Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação.

Fonte: Blog Guia Trabalhista

MEI: perdeu o prazo para acertar as dívidas? Entenda o que fazer agora

O prazo final para regularização das dívidas do Microempreendedor Individual havia sido prorrogado e acabou no dia 30 de setembro.

O prazo para o Microempreendedor Individual regularizar seus débitos em aberto chegou ao fim nesta última quinta-feira, dia 30 de setembro, e aqueles que não acertaram sua situação com o Fisco precisam correr para não serem inscritos na dívida ativa.

Segundo a Receita Federal, eram esperadas as correções de 4,3 milhões de microempreendedores inadimplentes, que devem R$ 5,5 bilhões ao governo, mas de acordo com as recentes apurações apenas uma parte foi enviada e cerca de 1,8 milhões de empresários podem ter seu cadastros inscritos na Dívida Ativa da União pela ausência do pagamento.

Com a inscrição em dívida ativa, o microempreendedor corre o risco de:

  • Deixar de ser segurado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), perde benefícios como auxílio-doença e aposentadoria;
  • Ter o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) cancelado;
  • Ser excluído do Simples Nacional pela Receita Federal;
  • Dificuldades para conseguir financiamentos e empréstimos.

Por isso, confira como resolver essa pendência mesmo fora do prazo.

Como acertar as dívidas do MEI

Para conferir se possui débitos, acesse o site da Receita Federal, o programa gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional ou ainda o aplicativo Meu MEI pelos smartphones.

Se houver algo a pagar, a regularização ainda pode ser feita quitando o valor em aberto pelo DAS, lembrando que poderá incidir multas e juros neste pagamento.

Só corre o risco da inscrição na dívida ativa valores não quitados superiores a R$ 1 mil, somando o valor principal, multa, juros e demais encargos.

Fonte: Portal Contábeis